Neste dia 9 de abril, trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação decidiram em assembleia por rejeitar a proposta patronal na negociação de Acordo Coletivo.

Devido à intransigência da empresa, que há 7 meses vem travando as negociações, a vice-presidência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) passou a mediar o processo. Mas a proposta apresentada às praças de Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo nesta terça-feira ainda não garante os direitos básicos dos milhares de radialistas e jornalistas responsáveis pelos 8 veículos de mídia que sustentam a comunicação pública no Brasil. Somando os votos das diferentes praças, o resultado foi de 119 contra a proposta patronal e 107 a favor (4 abstenções).

Chama a atenção a participação massiva de funcionários de Brasília, que foi a única praça a onde a proposta patronal teve apoio expressivo. Como a maior parte dos cargos de chefia da EBC são lotados no DF, isso não é coincidência, e sim resultado da pressão dos chefes para o voto de cabresto. Dos 107 votos que a proposta recebeu, 106 foram do DF e 1 do RJ.

Mesmo assim, grande parte dos trabalhadores fez valer sua força e votou com consciência.  Os 119 votos que venceram e rejeitaram a proposta também tiveram maioria em Brasília (64), somados a 28 do RJ e 27 de SP (que registrou as únicas 4 abstenções).

O passo decisivo agora é nesta quarta (10/4), às 13:30, quando radialistas e jornalistas de todas as praças vão decidir sobre quais serão os pontos da próxima contraproposta a ser enviada ao TST e à direção da EBC. Os sindicatos e a Comissão de Empregados continuarão os esforços de diálogo na mediação do TST, mas precisamos de você. #ChegaJunto!