Trabalhadores e trabalhadoras da Rede TV SP entram em greve por tempo indeterminado

Em assembleia realizada na tarde de ontem (30/08/2021), os trabalhadores e trabalhadoras da Rede TV de São Paulo, exceto os jornalistas, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.

A greve permanecerá até a Rede TV SP abrir um canal de negociação da pauta de reivindicações entregue a direção da emissora, afirma Hegberto Paschoa Balboni, operador de câmera e diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão e Televisão no Estado de São Paulo.

Todos, independentemente da função que ocupam, são radialistas:

Câmeras, operadores de vídeo, produtores, editores de imagem, advogados, trabalhadores de recursos humanos, secretários, secretárias, copeiras, faxineiras, seguranças e até professores de educação física.

Direitos reivindicados pelos funcionários e funcionárias da Rede TV SP:

• Melhoria salarial
  Segundo Balboni, a defasagem salarial dos radialistas da Rede TV SP é de 18,72%. A empresa deve 353,89% aos trabalhadores. Ou seja, para quem ganha R$ 2 mil, a emissora deve cerca de R$ 7.100.
• Reajuste das cláusulas econômicas
  A classe exige reajuste no auxílio creche e vale refeição, abono de 383,89% a título de compensação retroativa e assinatura do acordo coletivo de trabalho com a conservação das cláusulas contidas na ultima convenção coletiva assinada.
• Fim da redução de salários e jornadas
  Os salários e jornadas têm sido reduzidas em 25%,50% e 70%, além da suspensão de contratos de trabalho.
• Chega de salários inferiores!
  A Rede TV SP tem hoje o menor salário do mercado para a  categoria. “A média salarial de um câmera da emissora é de R$ 2.4000. Na RIT, do bispo RRSoares, um operador de câmera é admitido com salário inicial de R$ 3.480. A empresa paga menos até do que no interior, onde a nossa categoria tem um piso menor do que o da capital”, conclui Hegberto Paschoa Balboni.

Apoie os radialistas e as radialistas da Rede TV SP.

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