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Este ano de 2020 com certeza já entrou pra história do Carnaval carioca. O Sindicato dos Trabalhadores em Rádio e TV apoiou e acompanhou de perto o esforço dos profissionais para transmitir o espetáculo da Sapucaí a todo mundo. Como de costume, a equipe sindical esteve presente prestando auxílio e informação sobre os direitos de quem foi trabalhar no feriado. E além disso, também celebramos e prestigiamos o trabalho de muitos colegas de longa data.
É o caso do radialista Marcelo Pacífico (na foto). Locutor e apresentador na 94FM o ano todo, falando de samba, alegria e resistência, Marcelo trabalha por várias escolas de samba, e também pela Liesa ao longo do Carnaval. No dia dos desfiles atua nas emissoras como locutor e apresentador do espetáculo da Sapucaí.
Nas palavras de Leonel Querino, Presidente do SinRadTv-RJ: “Marcelo é aquele cara que conhece todo mundo pelo nome! Coisa cada vez mais rara. É sindicalizado há muitos anos e sempre presente com a categoria, Marcelo é sem dúvida uma das maiores referências do Carnaval brasileiro no rádio.”
O tom de crítica política que invadiu as ruas e avenidas de todo o Brasil chamou atenção da imprensa nacional e internacional. “De norte a sul, os blocos estão cheios de domésticas indo para a Disney ―uma alusão às declarações do ministro Paulo Guedes― e de ‘senadores’ Cid Gomes dirigindo uma retroescavadeira enquanto ameaçam entrar num quartel com policiais amotinados”, destacou o El País. E a resistência não veio só nos blocos, mas também no sambódromo.
Foi destaque nesta segunda-feira a alegoria de “Malandro Oficial” da São Clemente, interpretada pelo humorista Marcelo Adnet. O enredo “O Conto do Vigário”, também composto por Adnet, denunciou a desinformação que cresce na guerra de narrativas do Brasil polarizado. Mencionou, por exemplo, o terraplanismo, o movimento antivacina e as fake news, no trecho: “Brasil compartilhou, viralizou, nem viu. E o país inteiro assim sambou, caiu nas fake news”. Com referência ao presidente Bolsonaro, a fantasia estava cercada de frases como “acabou a mamata”, “tá ok” e “foi o Leonardo di Caprio” – sobre os incêndios na Amazônia.
Ainda em tom de protesto, a Mangueira causou alvoroço com uma ousada alegoria de Jesus Cristo. A fantasia explorou a relação direta entre violências atuais e o sofrimento das minorias denunciado por Jesus em sua época. A escola l evou para a avenida ‘jesuses’ do morro, negros, pobres, indígenas, mulheres, gays, e ainda um Jesus crucificado e morto por policiais – bem como o Cristo original é morto na Bíblia pelos soldados romanos que depois se arrependem.