A situação dos radialistas nas empresas do Sistema Sul-Fluminense está calamitosa. Há mais de 2 anos se estendem atrasos do dono da empresa com os funcionários. O excelente trabalho desses comunicadores tem o prestígio de toda a população com os maiores índices de audiência (e anúncios), mas a casa tem atrasado vários meses de salário. O problema atinge a todos. Porém, para desestimular a união dos trabalhadores, a direção tem pago os salários “como uma roleta russa”. Paga no início do mês a um locutor, fica até o fim do mês para pagar o colega, o vigilante, a secretária…

A proposta dos trabalhadores é que, se o pagamento integral não for feito, a categoria irá se mobilizar, dentro dos trâmites e prazos da lei de greve, deixar de veicular os comerciais e todo tipo de propaganda. A paralisação parcial da programação, especificamente dos comerciais, é a estratégia escolhida pelos trabalhadores justamente porque não prejudica o ouvinte. Nem propaganda, nem jabá, só música, só conteúdo. Todos concordam: “não vamos prejudicar o ouvinte, mas é um absurdo seguir com tantos comerciais por dia, e ver a empresa lucrando sem pagar os meses trabalhados por tantos colegas!”

Da mesma forma, foi deliberado que, no mês seguinte será a mesma coisa: pagamento integral e pontual no dia 5. Estamos dando uma oportunidade da empresa dar uma resposta digna aos trabalhadores. Mas se não for suficiente, já estamos prontos para entrar com uma ação de cumprimento na justiça. “Estamos na luta, todos juntos! Até que paguem tudo pra todo mundo, ninguém vai receber e nem eles vão ganhar com propaganda. Queremos trabalhar com dignidade!”, conclui a equipe.

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