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Reviravolta do sindicato marca a 4ª rodada de negociação da Convenção Coletiva do Rádio e da TV Aberta, na manhã do dia 23. Depois da firme resposta dos trabalhadores há alguns dias, patrões mudam de postura e já cedem em alguns pontos, mas a disputa segue acirrada em pontos como reajuste salarial e cômputo de jornada.
A contraproposta que eles apresentaram dessa vez começa com um reajuste de 3,97% agora + 3,97%. Esse reajuste inclui salário e pisos salariais, e também de todas as cláusulas econômicas, como auxílio funeral, seguro de vida, e o piso do auxílio alimentação.
Esse valor é a exata diferença da inflação desde a última convenção segundo o INPC. Porém, quem mede a inflação no Brasil não é só o INPC, tem também o IPCA. Segundo esse último, ela subiu mais: 4,52%. Portanto a proposta dos patrões ainda não garante que o poder de compra do radialista e o valor do seu trabalho não diminuam. É um avanço importante na negociação, e mostra que é possível conquistarmos algo mais próximo da reivindicação dos trabalhadores. Mas nossa equipe deixou claro que um reajuste digno dos trabalhadores deve ser, no mínimo, 3,97% agora + 1,5% a partir de abril.
Conseguimos barrar a polêmica tentativa de acabar com o abono e participação nos resultados. Os patrões recuaram com a proposta de que só empresas “superavitárias” pagariam. Aceitaram que todas as emissoras paguem, desde que seja o valor de 42% (e não 52%, como reivindicamos).
Infelizmente os patrões insistem na ideia que a jornada de trabalho só seja computada a partir da chegada do trabalhador no local da externa. Já explicamos aqui o grande perigo disso, que pode diminuir drasticamente o salário de mais de mil radialistas que trabalham sempre em externas onde o deslocamento muitas vezes é lento e custoso, e deixariam de receber por todo esse esforço.
Patrões se negam a estabelecer contribuição de metade de um dia do salário em favor do sindicato com direito a oposição individual dos trabalhadores conforme orientação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A proposta aprovada em assembleia pelos próprios trabalhadores vai de encontro com o que o vice presidente do TST disse em plenário: “Se o trabalhador quer se beneficiar dos reajustes e benefícios da Convenção Coletiva, nada mais justo que você possa contribuir voluntariamente com uma pequena parte do que vai ganhar.” Primeiro porque isso garante que o sindicato que fizer um bom trabalho vai ter condições de continuar fazendo no ano seguinte. Segundo, garante também que todos que se beneficiam do sindicato ajudem a sustentá-lo. “É injusto que quem nada fez para ajudar se beneficie do trabalho que fosse custeado só pelos sócios.”
Mas para que isso não emperre a negociação, nosso sindicato propôs que seguissem os debates das outras cláusulas e que, em comum acordo, ambas as partes levassem essa discussão para a Justiça Trabalhista, ou seja, apenas está cláusula, ficaria para a decisão de uma terceira parte. Mas nem isso os patrões aceitaram. Querem enfraquecer nosso sindicato a todo custo.
Portanto, a negociação segue para a 5ª rodada. Divulgue a situação, debata com seus colegas. O que você acha do reajuste que está sendo oferecido? Como podemos lutar para barrar o cômputo de jornada em externa? Estamos firmes e fortes avançando na nossa luta, #ChegaJunto com a gente, #VemComSeuSindicato!